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Mostrando postagens de julho, 2020

Vitória, a maestrina

Sou muito grato a Deus pela vida da maestrina Maria das Vitórias. Foi ela quem me iniciou na regência.  Uma noite, depois de um longo período afastado da igreja, depois de um Natal em que o Coral Louvor Jovem apresentou pela primeira vez a cantata Reis dos Reis, fui ao ensaio do coro. Cheguei todo desconfiado, sentei lá atrás, fiquei só olhando. Vitória distribuiu as cópias com os coristas. Olhou para mim, como se eu sempre estivesse ali. Abriu um sorriso e só perguntou: "tenor ou baixo?" Eu, timidamente, respondi que era tenor. Fui muito bem recebido pelos tenores. Mas,  ainda nesse ensaio, vi que minha voz havia mudado e preferi ficar no baixo (na verdade, sou barítono, que é a voz intermediária, mas que se sente mais confortável no naipe mais grave). Eu era muito novo e irreverente, mas com um pouco de conhecimento de música. Vitória,  percebendo isso, sempre me entregava uma partitura, em vez de uma simples cópia só com a letra. Passava uma, duas vezes com a flauta do...