D. ALMERINDA - PARTE 2

Dona Almerinda (parte 2)
 (15 de março de 2019)

Para não ser repetitivo, fica valendo o mesmo intróito feito na crônica anterior (Dona Almerinda - parte 1).
Em uma de suas idas à minha sala, ela entabulou uma conversa um pouco preocupada.
Antes, faço questão de esclarecer que eu era membro da Assembleia de Deus do Farol, como já dito antes, onde conheci a Almerinda.
Ocorreu, porém, que em meio ao ano de 1997, passei, juntamente com minha família, a frequentar outra comunidade cristã, a igreja à qual pertenço, Presbiteriana do Farol. Minha saída da Assembleia se deu mediante muita reflexão e oração, já que me encontrava totalmente dividido em minha mente quanto ao local em que devia ficar. O certo é que depois de um ano, sentimos sinais claros que devíamos seguir para a IPF, onde ainda hoje me encontro e desenvolvi, pela graça, os dons que Deus me deu. Não só a mim, mas também à minha esposa e filhos.
Pois bem, depois de vender alguns docinhos, Almerinda revelou-me o seguinte:
- Albertinho, fiquei tão triste. Soube que você saiu da Assembleia...
Eu, com muito respeito e admiração que nutria com aquela amada irmã, disse-lhe em tom ameno:
- Foi, irmã... Mas não fique triste não, porque foi de "acordo com a vontade de Deus".
Contei-lhe rapidamente alguns episódios que foram contundentes em minha decisão, destacando o meu (e de Cilene) envolvimento com o ministério de Encontro de Casais com Cristo implantado de forma pioneira em Maceió pela IPF entre os evangélicos. Achei que tinha sido convincente em minha explicação, pelo menos até que fechamos a conversa. Ela refletiu um pouco e afirmou:
- Sabia que meu pai era presbiteriano?
Eu, de surpresa, respondi:
- E era, Almerinda? Que bênção!
Ela completou, arrumando a bolsa para sair da sala.
- Mas ele era um homem crente...

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