MATHEUS HENRIQUE DE SOUZA AMÂNCIO - PARTE 2
Matheus Henrique de Souza Amâncio - parte 2
(6 de outubro de 2019)
Era manhã do dia 6 de outubro de 1993, estávamos em outra ultrassom. Coisa de rotina, já que ainda faltava um mês para os nove da gestação a termo. Vimos as imagens e ouvimos os comentários da médica que fazia aquele exame, transmitindo para sua assistente algumas informações. De repente vimos o seu semblante mudar e ficar totalmente séria. Ao concluir o exame, enquanto ainda limpava com um toalha de papel o gel que espalhara na barriga da Cilene, perguntou:
- Você pode ver sua ginecologista ainda hoje?
- Não estou agendada para hoje, mas para próxima semana - respondeu Cilene, já com preocupação. E completou - algum problema, doutora?
Ela disse:
- Não tenho muita certeza, mas percebi, durante o exame que enquanto você tinha uma contração, o coraçãozinho do bebê teve uma alteração. Pode não ser nada, mas pode ser um problema sim.
Naquela mesma manhã, tivemos o resultado da ultrassom em mãos e fomos ao consultório da médica para autorizar um novo exame, que media especificamente os batimentos do coração da criança.
Cilene ficou deitada em uma cadeira especial, com alguns sensores pregados em sua barriga. A médica deixou o equipamento ligado fazendo a medição, enquanto um gráfico era traçado em um papel tracejado, sincronizado com o equipamento. Ela alertou que iria deixar a porta da sala aberta, porque iria atender a outra paciente, mas que o som ficaria alto, para que ela pudesse ouvir.
O som era agradável de se ouvir. Um ritmo bastante acelerado e fluente, lembro-me de ter ficado emocionado, como sempre ficava nos exames que envolvia as crianças. Passados alguns minutos, Cilene teve uma contração e comentou que estava sentindo algo, naquele momento. No mesmo instante, percebemos que o ritmo da batida do coração do bebê deu uma reduzida e o ponteirinho que fazia o gráfico ficou oscilando de um ponto para outro aceleradamente. Nesse momento, a médica, de sobressalto, veio à sala do exame e, aos gritos, enquanto retirava os sensores e desligava o aparelho, disse para Cilene:
- Vou levar você agora para a sala de parto, para retirar essa criança. Ela está sofrendo e quase teve uma parada cardíaca.
Um detalhe que deve ser lembrado - nosso plano de saúde, à época, ainda não autorizava cirurgias nem internações no hospital em que estávamos fazendo aquele exame (antigo Hospital do Sesi) - explicamos essa situação à médica. Ela disse então que ia liberar Cilene, mas antes alertando que a cesárea deveria ser feita ainda naquele dia.
(6 de outubro de 2019)
Era manhã do dia 6 de outubro de 1993, estávamos em outra ultrassom. Coisa de rotina, já que ainda faltava um mês para os nove da gestação a termo. Vimos as imagens e ouvimos os comentários da médica que fazia aquele exame, transmitindo para sua assistente algumas informações. De repente vimos o seu semblante mudar e ficar totalmente séria. Ao concluir o exame, enquanto ainda limpava com um toalha de papel o gel que espalhara na barriga da Cilene, perguntou:
- Você pode ver sua ginecologista ainda hoje?
- Não estou agendada para hoje, mas para próxima semana - respondeu Cilene, já com preocupação. E completou - algum problema, doutora?
Ela disse:
- Não tenho muita certeza, mas percebi, durante o exame que enquanto você tinha uma contração, o coraçãozinho do bebê teve uma alteração. Pode não ser nada, mas pode ser um problema sim.
Naquela mesma manhã, tivemos o resultado da ultrassom em mãos e fomos ao consultório da médica para autorizar um novo exame, que media especificamente os batimentos do coração da criança.
Cilene ficou deitada em uma cadeira especial, com alguns sensores pregados em sua barriga. A médica deixou o equipamento ligado fazendo a medição, enquanto um gráfico era traçado em um papel tracejado, sincronizado com o equipamento. Ela alertou que iria deixar a porta da sala aberta, porque iria atender a outra paciente, mas que o som ficaria alto, para que ela pudesse ouvir.
O som era agradável de se ouvir. Um ritmo bastante acelerado e fluente, lembro-me de ter ficado emocionado, como sempre ficava nos exames que envolvia as crianças. Passados alguns minutos, Cilene teve uma contração e comentou que estava sentindo algo, naquele momento. No mesmo instante, percebemos que o ritmo da batida do coração do bebê deu uma reduzida e o ponteirinho que fazia o gráfico ficou oscilando de um ponto para outro aceleradamente. Nesse momento, a médica, de sobressalto, veio à sala do exame e, aos gritos, enquanto retirava os sensores e desligava o aparelho, disse para Cilene:
- Vou levar você agora para a sala de parto, para retirar essa criança. Ela está sofrendo e quase teve uma parada cardíaca.
Um detalhe que deve ser lembrado - nosso plano de saúde, à época, ainda não autorizava cirurgias nem internações no hospital em que estávamos fazendo aquele exame (antigo Hospital do Sesi) - explicamos essa situação à médica. Ela disse então que ia liberar Cilene, mas antes alertando que a cesárea deveria ser feita ainda naquele dia.
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