MATHEUS HENRIQUE DE SOUZA AMÂNCIO - PARTE 3
Matheus Henrique de Souza Amâncio - parte 3
(6 de outubro de 2019)
Entramos no carro, era cerca de cinco e meia da tarde. Tomamos a Fernandes Lima em direção à Clínica de Fraturas e Reabilitação, no Poço, para encontrar a ginecologista que havia autorizado o exame. Em tempos sem celulares e sem internet as coisas eram mais difíceis. A incerteza de que encontraríamos a médica no hospital, de que haveria um UTI neonatal disponível em algum hospital de Maceió, o trânsito que não estava fácil naquele dia, tudo isso fez com que Cilene desabasse num choro ao meu lado no carro. "Meu Deus, não deixe eu perder meu filho..." Eu, também assustado, tentava acalmar Cilene. "Filha, fique calma, vai dar tudo certo, não chore, mantenha a calma que é melhor". Eu mesmo tremia que só.
Graças a Deus, a médica estava lá. Estava fazendo uma cirurgia que ainda iria demorar uns quarenta minutos. Uma eternidade para nós. Terminada a cirurgia, a Dra. Tânia viu o resultado do exame feito naquela tarde. Muito tranquila, fez algumas ligações e nos deu tranquilidade. A UTI do Hospital dos Usineiros estava disponível e ela já tinha uma "equipe" lá para lhe auxiliar. Seria necessário um pediatra, com experiência em UTI, já que ao que tudo indicava a criança precisaria ficar um tempo lá. Contatamos a Dra. Nadja, pediatra de Marcos, para, se possível se fazer presente, o que prontamente foi aceito por ela.
Marcamos a cirurgia para as 22h daquela noite.
Fomos para casa e conseguimos trazer minha sogra para ficar com Marquinhos que, de alguma forma, percebeu algo estranho acontecendo e, quando estávamos nos dirigindo para o Usineiros, agarrou-se nas pernas da mãe e gritava "não vá, mamãe, não vá..." Aquilo só complicava as coisas Cilene chorava, tentando se desvencilhar dele em direção ao carro.
Chegamos ao hospital e providenciamos a internação e ficamos esperando o horário da cirurgia. Poucos minutos antes das 22h, os auxiliares vieram com uma maca para levar Cilene. Eu tomei sua mão, nos entreolhamos e vieram lágrimas em nossos olhos. Eu falei para a equipe que estava ali que iria fazer uma oração.
"Senhor, eu sei que tu és fiel. Tu nunca nos desamparas. Em todo momento o Senhor está conosco. Cuida da Cilene e de nosso filho Matheus. Abençoa a equipe médica e conduza essa cirurgia. Seja feita a tua vontade. Amém".
(6 de outubro de 2019)
Entramos no carro, era cerca de cinco e meia da tarde. Tomamos a Fernandes Lima em direção à Clínica de Fraturas e Reabilitação, no Poço, para encontrar a ginecologista que havia autorizado o exame. Em tempos sem celulares e sem internet as coisas eram mais difíceis. A incerteza de que encontraríamos a médica no hospital, de que haveria um UTI neonatal disponível em algum hospital de Maceió, o trânsito que não estava fácil naquele dia, tudo isso fez com que Cilene desabasse num choro ao meu lado no carro. "Meu Deus, não deixe eu perder meu filho..." Eu, também assustado, tentava acalmar Cilene. "Filha, fique calma, vai dar tudo certo, não chore, mantenha a calma que é melhor". Eu mesmo tremia que só.
Graças a Deus, a médica estava lá. Estava fazendo uma cirurgia que ainda iria demorar uns quarenta minutos. Uma eternidade para nós. Terminada a cirurgia, a Dra. Tânia viu o resultado do exame feito naquela tarde. Muito tranquila, fez algumas ligações e nos deu tranquilidade. A UTI do Hospital dos Usineiros estava disponível e ela já tinha uma "equipe" lá para lhe auxiliar. Seria necessário um pediatra, com experiência em UTI, já que ao que tudo indicava a criança precisaria ficar um tempo lá. Contatamos a Dra. Nadja, pediatra de Marcos, para, se possível se fazer presente, o que prontamente foi aceito por ela.
Marcamos a cirurgia para as 22h daquela noite.
Fomos para casa e conseguimos trazer minha sogra para ficar com Marquinhos que, de alguma forma, percebeu algo estranho acontecendo e, quando estávamos nos dirigindo para o Usineiros, agarrou-se nas pernas da mãe e gritava "não vá, mamãe, não vá..." Aquilo só complicava as coisas Cilene chorava, tentando se desvencilhar dele em direção ao carro.
Chegamos ao hospital e providenciamos a internação e ficamos esperando o horário da cirurgia. Poucos minutos antes das 22h, os auxiliares vieram com uma maca para levar Cilene. Eu tomei sua mão, nos entreolhamos e vieram lágrimas em nossos olhos. Eu falei para a equipe que estava ali que iria fazer uma oração.
"Senhor, eu sei que tu és fiel. Tu nunca nos desamparas. Em todo momento o Senhor está conosco. Cuida da Cilene e de nosso filho Matheus. Abençoa a equipe médica e conduza essa cirurgia. Seja feita a tua vontade. Amém".
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